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Paralela, Deslocada ou Direta? Entenda as Entradas em Órbita nos Voos por Instrumentos

4/8/20252 min read

Introdução às Entradas em Órbita

Para facilitar o ordenamento do tráfego em aeródromos com grande fluxo de pousos/decolagens, entradas em órbita são procedimentos que os pilotos precisam realizar para garantir a segurança e a padronização, fornecendo alternativas de gerenciamento ao controlador de tráfego e propiciando uma zona segura para a espera (Holding Pattern) das aeronaves.

Dependendo da sua posição de origem, você deve optar entre as opções disponíveis: paralela, a deslocada e a direta. Mas como escolher o procedimento correto e o que acontece após o bloqueio do fixo? Neste artigo, vamos eliminar essas dúvidas e esclarecer cada um dos métodos de entrada em órbita.

Tipos de Entradas em Órbita

A entrada em órbita é um aspecto fundamental nos voos por instrumentos, especialmente em ambientes com tráfego intenso. Cada método possui características e aplicações práticas. Vamos analisar cada um deles:

1. Entrada Paralela: A entrada paralela é usada quando a aeronave se aproxima do ponto de espera alinhada com o lado não ativo do padrão (lado oposto à curva de espera).

2. Entrada Deslocada: Diferente da entrada paralela, a deslocada permite ao piloto aproximar-se da abordagem com uma trajetória que se desvia da linha central da pista. Esta técnica é especialmente útil quando há necessidade de evitar outros tráfegos ou obstáculos. A entrada deslocada ajuda a manter a segurança durante o processo de descida.

3. Entrada Direta: Por sua vez, a entrada direta é a mais simples e direta, permitindo que o piloto alinhe sua aeronave imediatamente com a pista. Esta abordagem é mais rápida, ideal para quando as condições de tráfego são favoráveis e não há necessidade de manobras complexas.

O que Ocorre Após o Bloqueio?

Para cada rumo voado em relação ao padrão ativo da órbita de espera no procedimento haverão três setores distintos de aproximação, para cada um deles há um procedimento adequado que melhor intercepta o fixo no re-bloqueio caso necessário para início da órbita.

1. Entrada Paralela
  • Ângulo de aproximação: Até 70° em relação ao lado ativo do padrão.

  • Passos:

    1. Voar paralelamente ao lado não ativo do padrão.

    2. Realizar curva de 180° para ingressar no lado ativo.

  • Aplicação: Ideal quando a aeronave está quase alinhada com o padrão, mas requer ajuste lateral.

2. Entrada Deslocada (Teardrop)
  • Ângulo de aproximação: Entre 70° e 110° em relação ao lado ativo.

  • Passos:

    1. Voar em direção ao ponto de espera.

    2. Executar curva de 30° a 45° (formato de "lágrima") para alinhar-se ao padrão.

  • Aplicação: Usada em aproximações angulares, evitando ultrapassar o padrão.

3. Entrada Direta
  • Ângulo de aproximação: Menor que 30° em relação ao lado ativo.

  • Passos:

    1. Voar diretamente para o ponto de espera.

    2. Iniciar imediatamente a curva de 180° para entrar no padrão.

  • Aplicação: Quando a aeronave já está quase alinhada com o lado ativo.